quinta-feira, novembro 02, 2006

reflexões varzinistas


No rescaldo da Assembleia que aprovou as contas de 2005/2006, Lopes de Castro disse ao Póvoa Semanário, coisas interessantes como por exemplo:

"Os dirigentes que nos antecederam, se calhar gostariam imenso que tivessemos pegado no dinheiro e tivéssemos pago todas as dívidas que eles deixaram, mas têm que saber que somos nós que estamos a gerir o clube."

Foram 2,9 milhões de euros recebidos de sinal, avançados pela empresa Dico-Dulimar, que a Direcção utilizou na totalidade para pagar dívidas. Mesmo assim, o passivo aumentou. Explicou o Sr. Lopes de Castro, que o sinal está contabilizado numa conta do passivo e que quando o negócio for totalmente fechado, esse montante sairá para a conta respectiva, o que diminuirá o passivo.

Pergunto, e se o negócio não chegar a efectivar-se, como vai ser? Falência técnica?
Pagar dívidas antigas, com o dinheiro da venda de património exige alguma competência especial? Só se for, para saber quais as dívidas a pagar primeiro.

"Ninguém deseja mais a subida do que a direcção e não é por uma questão de currículo. Dava-nos gozo mas não é por isso que estamos aqui. Gerir um clube da dimensão do Varzim na I Liga, com juízo e bom senso, dá lucro. As pessoas ainda não perceberam isso. A única forma de anularmos o passivo é termos resultados positivos. Só temos resultados positivos se formos para a I Liga e se tivermos receitas extraordinárias."

Uma ideia iluminada, expressa pelo Sr. Lopes de Castro, que é digno de um intelectual ( sem ser necessário ter barba à Pacheco Pereira).
Então, porquê que não "obriga" o treinador do Varzim a colocar a equipa a jogar para subir? Já não falo em discurso, falo em termos práticos, colocar a equipa a jogar de acordo com o seu real valor. Aquilo que aconteceu em Moscavide, é paradigmático da forma como o treinador dispõe as pedras em campo, com o objectivo de não perder, acima de tudo.

Sr. Presidente, se este treinador não serve para os objectivos que mais interessam ao clube, mande-o embora. Primeiro estão os interesses do clube e não estratégias do treinador, que está agarrado ao lugar.

"Não é pelos dois ou três minutos que o Ruben entra, que dizemos que está. Não, ele tem que jogar dez minutos, 20 minutos e uma hora. O Ruben e outros."

Sr. Lopes de Castro, está a imiscuir-se no trabalho do treinador, o homem que é o Pai do projecto Catraia, aquele que defende o atleta poveiro até à morte?
Ou está "apenas" a dar um ralhete público ao treinador?

Saudações Varzinistas

domingo, outubro 29, 2006

Quem tem medo, fica em casa ou vai embora!

É triste ver um Varzim com um treinador medricas e que com esse medo arrasta a equipa para níveis exibicionais muito aquém do valor dos nossos jogadores. Deixo aqui algumas ideias sobre o jogo deste tarde:

1º O técnico voltou a colocar a equipa a jogar numa estratégia de clara contenção e na tentativa de explorar os contra-ataques e as saídas rápidas para o ataque. Num campo "curto", esta estratégia era por demais evidente que muito dificilmente daria resultado. E porquê? Porque havia pouco espaço para explorar nas costas dos defesas e por ser muito díficil as equipas serem apanhadas em contra pé.
Seria mais indicado para aquelas características dimensionais do terreno, um futebol mais apoiado, com uma boa circulação de bola efectuada com rapidez.

2º Para quando uma equipa a entrar no jogo, assumindo que é mais forte que o adversário, pegando no jogo, entrando a dominar o jogo? É que, se não houvesse "matéria prima", mas ela existe. Parece-me que, de forma cada vez mais vincada, se sente a falta de um timoneiro com ambição e à altura da qualidade dos nossos jogadores.

3º Porquê que o Alexandre marcou o jogador que melhor jogava de cabeça, o n.º 10, tendo nós o Bruno Miguel que é sem sombra de dúvidas o melhor a jogar de cabeça?

4º Não se treinou os jogadores durante a semana para o jogo aéreo da equipa adversária? Se treinou, não se notou. À 3ª oportunidade clara, o Olivais fez o 1º golo. De forma simples, canto, cruzamento para a área, bola a sobrar para o segundo poste, onde Falardo, completamente sozinho, só teve que encostar para o fundo das redes.

5º Porquê que Nuno Rocha joga sempre, sem até agora ter demonstrado qualidade para jogar como médio organizador de jogo? Comprou "lugar anual" no onze?

6º Como é possível na 2ª parte o Pedrinho ter jogado a ponta de lança?

7º Diego entrou muito bem e acho que ganhou o lugar a Pedrinho para o próximo jogo.

8º Porquê que o Marco Cláudio nunca jogou de ínicio? Porquê que o Marco Cláudio não entrou ao intervalo, com o resultado em 1-0 e só entrou já com 2-0?

9º Com o Olivais a defender com 5 homens e o resultado desfavorável, porquê manter o Bruno Miguel a falso lateral direito, tendo Tito e Emanuel no meio com um deles a não marcar ninguém. Porque não, colocar o Emanuel a defesa/médio direito, o Tito no meio e o Bruno Miguel jogando no centro do ataque? O Horácio fez isso, mas aos 92 min., que grande audácia!

Termino como comecei, grande parte das respostas para estas perguntas estão na falta de audácia, ousadia, coragem do nosso treinador.