segunda-feira, novembro 06, 2006

Sabem onde há pontos grátis, mas mesmo grátis?

(esta imagem, faz me lembrar os quatro defesas do Varzim a marcar o inofensivo avançado do Chaves)

Acho que o Horácio tem razão, com ele como treinador não podemos ambicionar mais que a luta pela manutenção.

Vamos deixar as coisas muito claras, não há dúvidas que temos um plantel com qualidade suficiente para lutar pela subida. O Presidente também acha e já disse no ínicio da época que tinhamos condições para lutar pela subida e esta semana que terminou voltou a reafirmar. Sendo mesmo fundamental para o equilibrio financeiro do clube, a subida de divisão.

Se este treinador não quer lutar por esses objectivos, o Sr. Lopes de Castro só tem uma saída, colocar os superiores interesses do clube acima de estratégias pessoais do vimarenense Horácio Gonçalves e arranjar um treinador que lute pelos objectivos que mais interessam ao clube.
E mais, a verificar-se essa situação, seria uma boa altura para o Sr. Horácio demonstrar todo o seu propalado Varzinismo, recusando qualquer indeminização.

Quanto ao jogo, o Chaves fez de forma um pouco diferente aquilo que o Portimonense já havia feito. A equipa algarvia povoou mais o seu sector defensivo enquanto a flaviense optou por colocar mais homens no meio-campo.

Claramente com 4 defesas, 5 médios e 1 avançado, assim jogou o Chaves. Pela parte do Varzim tivemos o habital 4x3x3, com a novidade a ser a inclusão de Marco Cláudio no onze em deterimento de Nuno Rocha.

Até por aqui, pelo exposto acima, se vê (qualquer aprendiz de treinador veria), que o Chaves tinha superioridade no centro do terreno com 5 unidades para apenas 3 do Varzim, é claro que para existir este desiquilíbrio teria que haver superioridade numérica pela nossa parte noutro sector do terreno. E ele existia onde menos interessava, no nosso sector defensivo com 4 defesas para apenas um avançado, Marcão.

Desde os minutos iniciais se verificou, que os dois laterais tinham que subir no terreno para equilibrar as forças no meio-campo, deixando a marcação ao Marcão, aos dois centrais.

Foi com total inépcia por parte do banco, que se viu constantemente 4 jogadores a marcar apenas 1 dos flavienses. Até havia na bancada quem questionasse, se quem estava no banco a orientar a equipa não era a estátua do Major Mota que desapareçera da Rua da Junqueira.

Uma primeira parte fraquinha, com o Chaves muito recuado e o homens comandados pelo Major Mota, perdão Horácio Gonçalves, a não criarem uma única oportunidade de golo em jogadas de bola corrida. Os lances de relativo perigo aconteceram todos na sequência de lances de bola parada.

O Chaves controlou sempre as operações dando o domínio do jogo ao Varzim, a que este respondeu de forma inofensiva, perante uma equipa sem qualidade, justificando o porquê de estar em último com apenas dois pontos e nenhuma vitória, mais uma vez não tivemos capacidade nem dinâmica atacante, para jogar em ataque continuado. Incapacidade essa que não é de agora, já a época passada acontecia.

Na segunda parte, depois de uma primeira metade muito fraquinha, Horácio Gonçalves mostrando satisfação pela exibição e pelo resultado nada alterou.

Entretanto acontece a expulsão de Bruno Miguel, errada decisão do árbitro, pois Bruno entra de ombro com ombro sobre o avançado do Chaves, este não se aguenta e cai. O Nuno Almeida erradamente, entendeu que foi carga pelas costas, mas o mais engraçado é que o árbitro auxiliar, bem colocado nada assinalou.

Horácio atemorizado com a inexistente força atacante dos flavienses, manda de imediato Tito recuar para central, é que três defesas para marcar 1 avançado é muito pouco.

Até que surge o golo dos transmontanos, canto cedido de forma estúpida por Mendonça, Barbosa sai ao 1º poste falhando o tempo de saída (que saudades de Ricardo e de Litos), um flaviense chega primeiro à bola, com a mão reclama Barbosa, quando o golo apareceu não vislumbrei qualquer mão, como eu a maioria dos presentes no estádio, só quando a bola já morava no fundo das redes e depois de Barbosa ter deitado a correr atrás do árbitro é que se percebeu que Barbosa reclamava uma mão dentro da área. Sinceramente não me apercebi.

Então, a partir dai percebeu-se que quem estava no banco não era a dita estátua era o super corajoso, Horácio Gonçalves. Tirou o médio de ataque Marco Cláudio e colocou no seu lugar Ricardo Gomes. E aos 71` min. fez aquilo que até o Mikika já teria feito mais cedo, tirou o Nuno Ribeiro e fez entrar Diego, colocando Emanuel a médio/ala direito.
Com estas alterações, ganhamos quem cruza-se da esquerda (Diego) e quem cruza-se da direita (Emanuel), os pontas de lança, Denilson e Gomes, foram melhor servidos e ganharam algumas bolas no jogo aéreo aos centrais, apesar dos remates terem saído ao lado.

Aos 79` min. o árbitro Nuno Almeida expulsou um jogador do Chaves e aí, Horácio denotando uma ambição desmedida, com um resultado negativo frente ao último classificado, tira o lateral esquerdo Telmo e mete o lateral esquerdo Rafael.

E assim terminou o jogo, com a terceira derrota do Varzim, a segunda consecutiva.