sábado, outubro 21, 2006

"Não há nada em que reflectir", e esta?!?!?


"Para Horácio Gonçalves, técnico varzinista, “tratou-se de uma situação pontual”. Não conhece profundamente o conjunto penafidelense, mas no que respeita ao seu tem a certeza “que o pesado desaire é facilmente ultrapassável”. A explicação, essa, não existe. “Os jogadores tiveram um bom comportamento, tanto que a massa associativa foi extraordinária e os aplaudiu. Por isso não há nada em que reflectir nem a defesa vai merecer uma atenção extraordinária”, garantiu." extracto retirado do Record de quarta-feira.

Rebuscava na net informação sobre o Varzim e Penafiel e encontrei a preciosidade que acima transcrevo. Depois de uma derrota pesada em casa, com muitos erros, não há nada em que reflectir? Mais comentários para quê, é um verdadeiro artista português.

Da parte do Penafiel, encontrei a seguinte entrevista de Rui Bento:

Record – O pedido foi subir de divisão?
Rui Bento – Não nos peçam isso. Estamos num processo difícil de renovação e, para além disso, há equipas com uma base de trabalho de 2/3 anos que têm um suporte diferente. Nós, para já, não nos podemos incluir nesse lote, embora isso não iniba o sentimento de vitória que levaremos para todos os campos. Podem ter a certeza que somos uma equipa competitiva. A imagem do Penafiel coitadinho, comigo não!

Record – Salta à vista uma fracção grande de jogadores oriundos do concelho. É opção pessoal ou imposta pela direcção?
Rui Bento – Nenhuma das duas. Não vamos deixar de apostar na formação, mas o problema é que muitas vezes cai-se no erro de ficar com jogadores da casa só para dizer que o são. Isso não, até porque lhe podemos estar a queimar etapas. Os que ficaram cá, é porque têm qualidade.

Rui Bento, com 34 anos e sendo este o seu terceiro ano como técnico, ainda não mostrou dotes que possam pressagiar uma grande carreira como treinador. Começou a treinar o Académico de Viseu, na 2ª Divisão B, com uma equipa construída pelo empresário Jorge Mendes, para lá rodar jogadores seus, não conseguiu subir e o clube fechou as portas. Na época seguinte (a passada), deixou o Barreirense após 15 jornadas, contando com apenas 3 vitórias. Esta época abriram-lhe as portas do Penafiel. É claro que é um técnico com bom mercado (leia-se Jorge Mendes).

Penafiel, que vem de uma época traumatizante, em 34 jogos ganharam apenas 2, repito 2. Saíram os melhores jogadores e esta época a aposta é clara, tentar fazer o melhor possível com uma equipa em construção, com os nomes mais sonantes são jogadores a caminhar claramente para o fim da carreira, Palatsi e Clayton.

Temos uma baixa importante para o jogo de amanhã, Ricardo. Irá jogar Barbosa na baliza. Esperemos que a falta de jogos no guarda-redes não se faça sentir. No resto a equipa será quase de certeza a mesma que entrou no jogo com o Portimonense. Espero que não aconteçam os mesmos erros, falhas de concentração defensiva, dificuldade em contruir jogadas de golo, incapacidade para ultrapassar o sistema defensivo do adversário e inépcia, inabilidade do treinador Horácio.

Esta semana, no jornal o Jogo, o sempre bem informado André Veloso, trouxe esta novidade, o Presidente ainda não decidiu oficialmente, mas já decidiu (?!?!) que se vai apresentar a eleições em Janeiro de 2007 para um nove mandato de três anos. Falaremos sobre este tema durante a próxima semana.

quinta-feira, outubro 19, 2006

reflexões varzinistas


Hoje, a três dias do jogo com o Penafiel, tenho vontade de partilhar convosco algumas ideias que me "assaltam" o pensamento:

1º há dias, falava com um amigo que me dizia, "no fundo, bem no fundo, aquele que tem sido mais esperto, tem sido o Horácio Gonçalves, isto porque ele, conseguiu "vergar" as ideias de subida da Direcção, o discurso oficial a vigorar é o da manutenção, já se viu que o plantel está formado para outros voos, no entanto só se fala na manutenção. No domingo anterior, frente ao Portimonense, o treinador cometou imensos erros, não foi astuto a ler o jogo, no entanto está tudo bem, porque a "nossa luta" é a permanência na Liga de Honra."
Agora pergunto, quem vai ter coragem de dizer que não se cumpriu os objectivos se o ficarmos em 14º lugar, com a continuidade alcançada na 1ª volta?

2º será que temos futebol suficiente, trabalhado, treinado, sistematizado, para levar de vencida equipas que venham para cá jogar "à Portimonense"?

3º porque não jogou de ínicio, uma única vez o Marco Cláudio?

4º Mendonça jogou sempre muito por dentro, perto do Denilson, por indicação do treinador, se não, porque jogou assim sem rectificações do Mister durante 70 e muitos minutos?

5º dar os parabéns ao site do clube, por reconhecer oficiosamente que não estavam a dar a devida cobertura às nossas camadas jovens, passando a colocar à disposição de todos nós os resultados dos jogos realizados, e datas de futuros encontros.

6º contaram-me, dois miúdos foram treinar aos séniores e alguns destes aplicaram-lhes a denominada "praxe", cortando-lhes o cabelo, os responsáveis, quer técnicos quer directivos, nada disseram e até acharam graça, dizendo que aquilo fortalecia o espírito de grupo. Estes mesmos "meninos" vítimas de praxistas, querendo transportar estes "ensinamentos" para o balneário, cortaram o cabelo a alguns colegas novatos. Um deles não gostou e ameaçou recorrer aos tribunais civis.
A Direcção (aqueles que acharam graça ao que os séniores fizeram), aplicaram castigos aos praxistas júniores, por terem feito aquilo que aqueles que deviam ter mais conciência por serem mais velhos, fizeram impunemente.
É caso para dizer, ou há moralidade ou comem todos.

7º no domingo passado, já esteve mais gente no estádio, apesar de ainda ficar muito aquém do ambicionado. Será que esta derrota vai influenciar o número de presenças no estádio no jogo frente ao Penafiel?

8º a claque tem vindo a aumentar o número de presenças, um aumento não muito significativo mas tem sido um acréscimo visível. Agora, não há justificação credível para explicar o facto de a claque de apoio, ter retirado uma faixa logo após o 4º golo do Portimonense. Querer justificar isto, com insultos por parte de intervenientes no jogo, é quase como um elefante passar sem fazer estragos numa loja de porcelanas. Assumir os erros, serve para no futuro ser mais difícil os voltar a cometer.

domingo, outubro 15, 2006

Desfile de erros...

Quando cheguei ao nosso estádio, estava a decorrer um desfile de moda, mal eu esperava que durante o jogo iria acontecer um desfilar de erros.

Varzim com onze esperado e em termos de sistema táctico o normal 4x3x3.

Por parte do Portimonense, tivemos uma equipa montada num sistema ultra-defensivo, com três centrais, dois laterais, três médios vincadamente defensivos e o Rui Baião quando a equipa defendia formava o quarteto do meio-campo e na frente isolado, o Rodolfo Lima.

Nenhuma surpresa, esta estratégia do Diamantino nos jogos fora é quase tão conhecia como o Zézé Camarinha no Algarve, surpresa foi ver o Varzim jogar, sem estratégia trabalhada durante a semana para contrariar o "ferrolhão" da equipa de Portimão.

Frente a uma equipa tão recuada no terreno, exigia-se que da parte do Varzim a equipa se apresenta-se com os alas bem abertos no terreno, o que por parte de Mendonça isso nunca aconteceu, esteve quase sempre muito perto do Denilson.
Pedia-se que os médios estivessem o mais perto possível dos homens do ataque, o que raramente aconteceu. Os laterais sem homens para marcar, deviam subir no terreno e jogar como médios ala, o que aconteceu muito poucas vezes.
O treinador demorou uma enormidade a mexer na equipa e só o fez quando já o resultado era de 1-3, tarde, muito tarde.
Logo, nos minutos iniciais, quanto mais não fosse a seguir ao 0-1, o Horácio devia tirar um lateral e colocar o Marco Cláudio em campo para fazer uma circulação de bola mais rápida e posse de bola com mais qualidade, colocando o Emanuel a fazer de falso lateral direito. Mendonça ou se disciplinava em termos tácticos e encostava na direita ou então saía e entrava o Diego para o lado esquerdo.

Perante um Portimonense a "pedir" que o massacrassem, o varzim não foi capaz de criar uma única jogada de envolvencia, os únicos lances de perigo na primeira parte foram remates de fora de área. Mais bola, mas pouca qualidade quando em sua posse.

A segunda parte começou praticamente com o segundo golo do Portimonense. Mais uma desatenção, mais um erro do sector defensivo. Que diga-se tem sido um dos sectores mais fortes da equipa. Só por volta dos 15 minutos da segunda parte e já com o resultado em 1-3, é que o Horácio mexe na equipa, faz aquilo que já toda a gente pedia há muito tempo, tira o Nuno Ribeiro e mete o Marco Cláudio. Coloca o médio numa altura em que a equipa já estava desnorteada. E não se estranhou o 1-4. Mas a partir dessa altura o Varzim começou a fazer aquilo que já devia estar a fazer há muito, jogava com o Emanuel a falso lateral e Pedrinho como médio ala direito, Diego na esquerda bem aberto e Ricardo Gomes a fazer dupla de pontas de lança com o Denilson, aí o Varzim esteve muito melhor e fez vários cruzamentos para a área onde quer Denilson, quer Ricardo Gomes ganharam alguns lances de cabeça e reduziram o marcador para 2-4.

Resumindo, na guerra dos bancos ganhou claramente a estratégia do Diamantino. Horácio não foi capaz de dar a volta em termos tácticos ao muro defensivo montado. Também demorou muito a mexer na equipa e quando mexeu já foi muito tarde. Cometeram-se erros defensivos que não são habituais.

No entanto, não é por esta derrota que vamos deixar de dar valor à nossa equipa. Eu continuo a acreditar na qualidade dos nossos jogadores.