domingo, outubro 22, 2006

Emanuel decide...

Emanuel carrregou a equipa às costas

Num jogo em que o bom futebol esteve arredado do Estádio do Varzim, sobressaíram pormenores de grande inteligência e qualidade do Emanuel.

Casa muito "despida" de público, um terreno em que a água teve dificuldades em escoar, mas diga-se que apesar disso o relvado, no final do jogo, não ficou muito revolto.

Sabia-se que com estas condições climatéricas e no nosso relvado, não se podia jogar rente à relva, teria que se fazer um futebol musculado, directo e muito inteligente. Ter em especial atenção os atrasos de bola aos guarda-redes, fazer passes curtos "picando" a bola, estar atento às segundas bolas, quer a defender quer a atacar, rematar de fora de àrea tentando fazer com que a bola bata na relva antes de chegar à baliza, com o intuíto de fazer a bola ganhar velocidade e até trair os guarda-redes, colocar os médios que apoiam o ataque, o mais próximo dos atacantes para aproveitar as bolas que irão sobrar.

E nestes capítulos o Varzim esteve muito superior aos pupilos do Rui Bento.

O primeiro golo surge na sequência de uma bola bombeada para a àrea, o Denilson perde de cabeça para um central do Penafiel, mas este, alívia a bola para a entrada da àrea, onde surge Emanuel (onde estava o Nuno Rocha, médio mais ofensivo, pelo menos no papel) a rematar depois de Pedrinho ver muito bem e deixar a bola para o médio que rematou forte para o fundo da baliza.

Há ainda o registo de uma jogada muito bonita do Emanuel, que depois de tirar um adversário da frente, levantou a cabeça, viu a posição adiantada do Avelino e fez-lhe um chapéu que falhou o alvo por escassos centímetros, batendo na barra e sobrando para dentro do terreno de jogo. Foi bonito, muito bonito.

A primeira parte termina com um golo anulado ao Penafiel, por suposto fora-de-jogo, dizem-me em casa que não estava, mas lá no estádio fiquei com a sensação que o avançado penafidelense estava mesmo adiantado ao último defensor varzinista.

A segunda parte começa praticamente com o segundo golo poveiro. Em dois, três minutos, os de Penafiel cometeram inúmeras falhas de concentração.
Primeiro, mesmo que a intenção do jogador não fosse atrasar o Avelino devia ser suficientemente inteligente, para saber que havia essa dúvida no ar e pelo sim pelo não colocar a bola fora. Depois no lance de bola parada dentro da àrea, o golo surge numa jogada que tem tanto de simplicadade como de ingenuidade, por parte da equipa duriense.
Estava feito o dois zero, com mais uma assistência do Emanuel para golo.

A partir daí, fiquei com o sentimento interior que muito dificílmente não somaríamos os três pontos em disputa. Primeiro, porque o futebol que o Penafiel demonstrava não dava nem para assustar e segundo, dadas as condições do relvado era improvável uma reviravolta no marcador.
E assim foi, apesar de achar que a equipa recuou em demasia, também fruto das alterações que foram sempre no sentido da "marcha atrás", sem necessidade e até correndo alguns riscos de o Penafiel numa jogada fortuita fazer um golo e depois termos de fazer uma parte final de jogo angustiosa.

Ganhámos o jogo com toda a justiça, são mais três pontos (rumo à manutenção pedida pelo Sr. Horácio), 16 no total que nos "atira", neste momento para a liderança desta Liga de Honra.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Estamos a liderar e isso é o mais importante. Não foi um jogo bonito mas também não era isso que se poderia esperar.

Agora, acho que cada vez mais se justifica um discurso diferente por parte do Mister. Já jogamos contra algumas das equipas que se dizem candidatas e fomos superiores a todas. Pana foi o desastre do domingo passado. Mas também, esse precalço se deve a um discurso do Horácio de relevar o valor do Portimonense o que talvez tenha inibido os nossos jogadores.

Emanuel foi de facto fantástico. Vamos rapazes rumo à subida.

11:31 da tarde, outubro 22, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Mas o quê que falta para assumirmos que somos uma das melhores equipas da liga de honra. Medo de quê?
sr. Horácio, não se preocupe que os poveiros são justos, se não subir mas fizer tudo para alcançar a subida de certeza que nós reconheceremos isso. ~

Agora não lutar por algo que está perfeitamente ao alcançe é próprio de cobardolas.

1:03 da tarde, outubro 23, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Vitória justa, da melhor equipa e daquela que mais rapidamente se adaptou ao estado do relvado.

Emanuel esteve espectacular. A defesa também esteve muito bem, não deu possibilidades a Barbosa de mostrar o que vale.

Nuno Rocha continua muito aquém do que é esperado para um médio construtor de jogo.

1:12 da tarde, outubro 23, 2006  
Anonymous Anónimo said...

JOgo em a capacidade de luta, entrega e espírito de sacrificio imperou sobre a qualidade dos intervenientes.

Qualidade, qualidade só com o Emanuel, aquela bola na barra era digna de ser vista por todos.

A defesa também esteve muito bem.

O denilson é que está muito desamparado. E o Pedrinho corre muito mas jogando na esquerda tem dificuldades em cruzar com o pé esquerdo.

6:16 da tarde, outubro 23, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Em primeiro lugar gostava de "vêr" a cara de um anónimo que escreveu um post prevendo que este jogo ia ser mais um pró latão... Que era bom que o Varzim continuasse com este treinador porque seria "melhor pra eles"... Acrescentou ainda uns insultos à claque do Varzim a BAN.96!...
Desconfio que as bocas vieram de um adepto que não vai nem à bala com esta Direcção e que para despistar se identificou como sendo um caxineiro anti-Varzim!...
Melhor do que todas as palavras que se pudessem empregar para responder a esse "senhor", são a exibição e o resultado frente ao Penafiel, jogo que muita gente teve oportunidade de ver no campo e na TV!
Força Direcção "castrista", força Gonçalves, força atletas! Vão sempre em frente...

Artur da Lima Maio, espírita mais conhecido por Cagalo, fanático varzinista emigrante na Baía, Brasil.

2:46 da tarde, outubro 24, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Se não forem os caxineiros que será do nosso Varzim?

8:56 da tarde, outubro 24, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Já lá dizia o outro... "se fosse a tua mãe, alguma vez terias sido alguém?!"
ou então: "se a minha avó fosse viva ainda hoje (não) usava cuecas!..."

O inteligente

7:03 da tarde, outubro 26, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Correcção: "se não fosse a tua mâe..." e ..."se a minha avó fosse viva ainda hoje usava langerie"

O inteligente

7:07 da tarde, outubro 26, 2006  

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