GONDOMAR 0 VARZIM 1

O Varzim continua invicto nesta Liga de Honra, depois de um empate e uma vitória frente a dois dos candidatos assumidos à subida, agora foi a vez de defrontar e levar de vencida um Gondomar com objectivos bem diferentes dos anteriores, a luta pela manutenção.

O Varzim apresentou-se inicialmente com apenas uma alteração relativamente aos dois últimos jogos, Alexandre entrou para o lugar do castigado Bruno Miguel. Da parte da equipa da casa tivemos a entrada do nosso conhecido Rui Miguel para a frente de ataque tentando talvez aproveitar o seu jogo de cabeça juntamente com Canales que com ele fazia a dupla de ataque, pois os comandados de Vaqueiro jogavam num declarado 4,4,2. No lançamento deste jogo, Nicolau Vaqueiro disse "o varzim tem uma excelente equipa com muito valor e estou consciente de que será um jogo difícil.", algo que já aqui dissemos, mas que alguns teimam em não querer assumir. Estratégia? Talvez, mas eu aqui estou livre de qualquer estratégia manobrista... Aqui a minha estratégia é simples, ajudar o Varzim a ser cada vez melhor e não estar preocupado em agradar a A, B ou C.

Os primeiros 15 minutos foram muito disputados, o equilibrio imperou mas sem jogadas de perigo junto das balizas.

Aos 17 minutos, o Emanuel aparece desmarcado pela ala direita depois de uma combinação com Pedrinho, cruza para a área onde aparece o "pequeno" Diego a rematar de cabeça com a bola a sair ao lado depois de desvio na cabeça num defensor do Gondomar.

Entretando à a registar a lesão de Nuno Gomes, com o central a colocar mal o pé no chão e a torcer o joelho. Esperemos que não seja nada de grave. Entrou para o seu lugar o Pedro Santos que cumpriu de forma exemplar. Nos últimos 15 minutos o Gondomar esteve com mais posse de bola, um maior dominio do jogo, isto sem criar situações de verdadeiro perigo.

Na segunda parte, o jogo continuou com a mesma má qualidade da primeira. Poucas jogadas ligadas, futebol de pouca qualidade, aliás foi um jogo com poucos episódios de bom futebol.

Podemos dizer que o segundo tempo resumiu-se às alterações, a dois remates intencionais para cada uma das equipas, ao golo do Varzim e a uma oportunidade de golo salva em cima da linha de golo ao minuto 90, depois de Ricardo ter tentado agarrar uma bola, fora da pequena àrea quando era recomendável socar para longe, valeu-nos Telmo.

Voltando ao golo, tudo se iniciou com uma recuperação de bola de Tito, soltou para Marco Claúdio que tinha entrado para o lugar do Nuno Rocha, este lançou o Emanuel na direita que de primeira desmarcou Denilson que com a frieza própria dos bons avançados não falhou. Os Gondomarenses protestam um eventual fora de jogo, mas da posição onde me encontrava (atrás da baliza) não me é possível ter uma posição concreta sobre o lance.

Deste jogo podemos retirar várias ilações, desde já:

o Varzim não pode ter os mesmos objectivos que esta equipa do Gondomar, muito digna mas com muitas limitações; deveriam ter assumido o jogo e não o fizeram, receio? Talvez, mas ficou mais que provado que não se justificava; Nuno Rocha não tem a mesma qualidade que o Marco Claudio; no processo defensivo estivemos bem já no ofensivo não estivemos nada bem à excepção do lance que deu o golo, o que diga-se é muito pouco para a qualidade que os jogadores têm; os centrais, Alexandre e Pedro Santos, apesar de até agora terem sido segundas opções cumpriram muito bem e mostraram também que o técnico tem plantel com que pode contar; à excepção da primeira parte frente ao vitória de guimarães entendo que estes jogadores tem qualidade para produzirem muito mais; Denilson fez o jogo para o campeonato menos conseguido mas foi de uma enorme frieza na hora da finalização.

Para finalizar, dizer que o empate seria o resultado mais justo, por aquilo que as equipas não produziram. Contam-se pelos dedos de uma mão as oportunidades de golo e ainda sobram dedos, possibilidades essas distribuídas pelas duas equipas. A vitória sorriu para o nosso lado(ainda ebm), no entanto o Varzim poderia e deveria fazer mais, para evitar ceder pontos como esteve para acontecer.

Mais ambição precisasse, não só no discurso mas também na forma como se orienta a equipa.