Empate com sabor a...Vitória

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Se me dissessem antes do jogo que o resultado iria ser um empate, eu acharia um bom resultado. Mas depois de todas as contingências que rodearam o jogo, ainda mais me agrada o empate em casa do Vitória de Guimarães.

Em relação ao onze escalado pelo Eduardo Esteves, tivemos as alterações forçadas, a entrada de Tiago Lopes para o lugar do castigado Nuno Ribeiro e a de Campinho para o lugar do lesionado Pedro Santos. E uma palavra para este último, só foi chamado ao onze depois de não haver mais ninguém para jogar (o mesmo já havia acontecido com Ricardo que só entrou depois de fracassarem Saric e Barbosa), com Alexandre, Nuno Gomes e Pedro Santos lesionados, Campinho foi tão só (conjuntamente com Ricardo), um dos melhores em campo.


O Varzim entrou bem no jogo, fazendo uma boa ocupação do terreno de jogo, controlando sempre as operações dando a posse de bola à equipa de Guimarães. O primeiro remate com perigo à baliza foi feito por Rafael que na sequência de uma jogada individual, rematou com perigo para uma boa defesa de Nilson. Em termos atacantes e de remates à baliza vimarenense foi este o único remate varzinista.
A explicação para isto surge na forma como esta equipa foi trabalhada no tempo do outro senhor, equipa com dinâmica de tracção atrás, de contenção, de espera e de saída rápida em contra ataque. Mas neste jogo, também ficou a deversse à espulsão de Telmo no minuto 23. Minuto esse, que poderia ter sido fatal para as nossas cores. Telmo coloca a mão à bola dentro da grande àrea e é assinalada grande penalidade. Telmo vê amarelo e como já tinha um acabou por ser expulso. Nesse momento comentei para os meus amigos, "já fomos". Felizmente eu estava errado. Ricardo (coração de leão), faz uma grande defesa e evita que os vimarenenses se adiantassem no marcador ficando também em superioridade numérica. A partir daqui, já com Denilson em campo no lugar do lesionado Roberto, o jogo só teve um sentido, a baliza do Varzim.
Mesmo a terminar a primeira parte, Ricardo fez mais uma excelente defesa depois de um remate mesmo à queima roupa.

Na segunda parte a tendência do jogo continuou a ser o domínio absoluto do Vitória com um Varzim muito atrás e sem capacidade para sair em contra ataque. Valeu que este Guimarães está longe de ser um colectivo forte, com um Varzim tão atrás, eles não tiveram arte nem engenho para furar a muralha defensiva poveira, e os lances de maior perigo para as redes poveiras surgiram depois de cruzamentos para a área onde quando o sector defensivo não resolvia aparecia Ricardo a salvar a equipa. Acábamos por ficar reduzidos a 9, devido a expulsão de Rafael depois de ver dois cartões amarelos perfeitamente escusados. O jogo terminou e todos suspirámos de alívio, pois fomos sujeitos a uma grande pressão em termos defensivos.

Ricardo foi imperial, Tiago Lopes não esteve mal apesar da evidente falta de jogos, os dois centrais foram fantásticos com destaque especial para Campinho que demonstrou o erro de não terem apostado nele mais cedo, Telmo e Rafael cometeram erros infantis em termos disciplinares e acabaram expulsos. No meio campo, Tito, Emanuel e Nuno Rocha limitaram-se a ser os primeiros defesas à frente do quarteto defensivo, Roberto cedo saiu lesionado, Pedrinho esteve voluntarioso como sempre, mas com pouco descernimento na hora de atacar. Quanto a Eduardo Esteves, esteve bem a mexer na equipa, com um pequeno senão, a equipa com 10 jogou muito atrás e o Vitória sentiu-se à vontade para fazer subir todos os elementos da defesa.

Não fizemos uma exibição de qualidade, mas fomos fantásricos na atitude competitiva e na entrega ao jogo. Diamantino e Miranda estiveram na bancada a ver o jogo, e devem ter saído satisfeitos com a entrega dos jogadores mas a pensar que terão muito trabalho pela frente para colocar estes jogadores a jogar futebol com qualidade e de forma organizada em termos ofensivos.


Oxalá sejam capazes!